terça-feira, 18 de novembro de 2008

Relatos de uma viagem ao Paraguai

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Com o objectivo de ir para Salta, partimos de Puerto Iguazu à 1:00h de autocarro ("colectivo"). Uma vez que a distância até Salta se assemelha a uma espécie de Porto-Paris decidimos parar em Posadas, capital da regiao Missiones. Porquê Posadas?? Porqui fica a 1/4 da distância de Salta, porque é cidade fronteiriça com o Paraguai, porque tem as ruínas jesuístas, mas principalmente porque nos apeteceu! Apeteceu!
Chegámos às 6.47h e seguimos rumo ao hostel, eu com um "morto" e a Brigite com quilos de sono nas respectivas mochilas. Despejámos as cargas e, por informaçao do livro-guia e do fulano do hostel, rumámos às ruínas jesuítas sitas em Trinidad, Paraguai. Antes deste périplo, tomámos um belo peq-almoço no centro de Posadas (no qual me viciei).
Encarnación, cidade fronteiriça com Argentina. Que pobreza! Que sujidade! Que insegurança! Que caos! Que medo! Tudo diferente, o Paraguai por esta amostra está a anos-luz da Argentina. Lá parámos na estaçao central e apanhámos o colectivo para as ruínas (de realçar nao existir qualquer indicaçao para as mesmas). Enquanto aguardámos que o colectivo arrancasse era o entra-e-sai de pessoas a tentarem vender um sem número de coisas (pao, sumos, águas, bolachas, chicletes, até algo que me pareceu um santinho da comunhao). Lá fomos nós, nao mais que a 5Km/h, para Trinidad a observar atentamente os "filmes" que nos rodeavam: 3crianças com um máximo de 7anos a conduzirem uma carroça em plena estrada...Após 42minutos chegámos, nao sem antes percorrer 705metros a pé. As ruínas sao bonitas, grandes, mas seriam bem mais interessantes se nos tivessem dado à entrada um folheto informativo com um enquadramento histórico. Passados 57minutos decidimos regressar à estrada e apanhar o colectivo rumo a Encarnacion. Esperámos cerca de uma hora, pfff! Nós, mais 3crianças e um personagem à cowboy mas com estilo paraguaio (sempre a bufar, já devia estar lá seguramente há mais 39minutos), é só imaginar...
Posto isto na alfândega, enquanto carimbávamos o passaporte, o motorista do colectivo "apeteceu-lhe" arrepiar caminho, como é habitual por estas paragens, e lá esperámos mais 47minutos pelo próximo. Enfim...
Depois de um passeio por Posadas, seguimos para o hostel descansar porque nos esperava um longa viagem no dia seguinte para Salta.
É já nessa viagem que escrevo este post ao mesmo tempo que a Bri está embuída no "Crime e Castigo" e os restantes passageiros vêem pela 3ªvez consecutiva o filme que passa na TV do colectivo.
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1 comentário:

DaNi disse...

.. meus amooores.. saudades saudades!!

.. descobri isto entre leituras: " .. pode dizer-se que a escrita é uma necessidade básica, uma das ferramentas fundamentais para retirar o sentido máximo da experiência. " ..
..
Permitam-nos então, como leitores, partilhar igualmente dessas vivências..

muas muas.. y un abraço muy fuerte para Chávez!!